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Brasília,06/05/2025

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Dia Mundial da Língua Portuguesa

Em 2009, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estabeleceu a data de 5 de maio para comemorar a língua portuguesa e as culturas lusófonas.

Depois, em 2019, a Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) proclamou oficialmente  a mesma data como "Dia Mundial da Língua Portuguesa". Mas por que e qual a importância dessa data, afinal?

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Todos os nascidos nesses nove países têm a língua portuguesa como língua oficial, mas, apesar de possuir um mesmo idioma, quando falamos, entregamos ao mundo o sotaque da região à qual pertencemos, o sabor da nossa culinária e até o ritmo das nossas histórias e lendas. A língua, cheia de gírias e expressões curiosas, permeia tradições e cria identidades que ora se aproximam e ora se afastam culturalmente. Idioma, cultura e identidade se entrelaçam como peças de um grande mosaico, revelando os contornos e as nuances de quem somos. E vem daí a necessidade de se estudar a Língua Portuguesa na escola, mas também de desvincular esse estudo à exclusividade da gramática tradicional.

 No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) torna o ensino da Língua Portuguesa obrigatório desde o ensino infantil. E essa obrigatoriedade acompanha os estudantes até a conclusão do Ensino Médio. É importante, porém, desmistificar um pouco esse ensino. Alunos brasileiros chegam à escola já sabendo falar seu idioma materno. É preciso, então, formalizar o aprendizado. Os pequenos começam a entender a dinâmica das frases, suas composições, os termos essenciais para que cada sentença faça sentido, e ainda os termos acessórios que especificam e detalham. 

Aprendem também que nem tudo que dizemos é literal, percebem a maleabilidade do idioma. Desde a composição sonora até a morfológica e a sintática, o ensino da Língua Portuguesa tem por objetivo não formar experts na gramática tradicional, mas graduar indivíduos tão conhecedores do seu idioma materno que se tornam capazes também de transformar a língua, de moldá-la em cada contexto e, ainda, de percebê-la como elemento essencial na constituição de identidade tanto do indivíduo quanto da sociedade. 

As olimpíadas que envolvem a Língua Portuguesa e a produção de texto têm estado cada vez mais cientes disso, solicitando aos alunos habilidades que fortalecem sua capacidade interpretativa e expressiva dos alunos. O mesmo acontece com exames como o Enem e os vestibulares. Daí a necessidade de desconstruir a ideia de que aula de português é aula de gramática. Aula de português tem que ser também aula de leitura, e de literatura, e de produção de texto, e de discussão e debate, e também de encenação, de ouvir e de cantar. Tem que ser aula de usar a língua portuguesa e experimentá-la!


Artigo de Stella Avelino, doutoranda em Literatura e professora de Língua Portuguesa no Colégio Marista de Brasília.




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