Seja bem-vindo
Brasília,06/05/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Forças de defesa Israelenses afirmam que corpo devolvido pelo Hamas não era da refém Shiri Bibas

Os israelenses expressaram espanto e frustração ao saber que o corpo entregue pelo Hamas não era o da refém de Gaza Shiri Bibas, que, junto com seus dois filhos, se tornou símbolo do ataque de 7 de outubro.

"Foi um dos dias mais tristes que posso lembrar em toda a minha vida", disse Elisheva Flamm Oren, uma assistente social de 66 anos.

"Ela (Shiri Bibas) poderia ser uma filha minha. Tenho filhas dessa idade. Tenho netos dessa idade", disse ela, acrescentando que sentia "raiva" em relação ao Hamas e "frustração" em relação ao governo israelense por não resolver a crise dos reféns.

O Hamas disse que os restos mortais devolvidos incluíam os de Bibas e seus dois filhos pequenos, cujo pai foi libertado pelo grupo militante no início deste mês.

No entanto, Israel disse que um dos corpos era de uma mulher de Gaza, cujos restos mortais, segundo o Hamas, provavelmente "se misturaram por engano" sob os
escombros de um prédio.

Netanyahu acusou o Hamas de cometer uma violação "cruel e maligna" do acordo de
cessar-fogo de Gaza ao não devolver a mãe.

"Trazer outro corpo de volta e afirmar que era o dela e fazer uma cerimônia com ele — o que eu não suportaria assistir — e descobrir que não, não era ela", disse
Flamm Oren, incapaz de terminar a frase, pois sua voz tremia de emoção.

'Pode ser um erro'

O Hamas e facções militantes palestinas aliadas organizaram uma cerimônia cuidadosamente coreografada na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, na quinta-feira, na qual entregaram quatro caixões à Cruz Vermelha, dizendo que continham os corpos de três membros da família Bibas e um refém idoso.

Como muitos israelenses, Brigitte Anor disse que a família Bibas ocupava um lugar especial entre os reféns, porque os dois meninos ruivos, Kfir e Ariel, que tinham nove
meses e quatro anos, respectivamente, quando foram sequestrados, representavam
a "inocência".

"Chorei quando pensei nessas crianças", disse o aposentado de 68 anos à AFP.

Hannah Yaffe, uma ativista pela paz de 69 anos, chamou a descoberta de devastadora para os membros da família Bibas, que "não têm mais solução".

Ainda assim, ela procurou insistentemente lançar o alerta contra-apelos para reagir com violência. 

"Certamente não acho que a reação apropriada seja interromper o cessar-fogo."

David Shemer, um músico de 72 anos, ficou sem palavras depois de ouvir os últimos
acontecimentos.

"Já faz tempo que parei de pensar no raciocínio deles (do Hamas)", disse ele.

"Qualquer coisa pode ser um erro. Pode ser deliberado. Pode ser qualquer coisa. Francamente, pouco me importa quais são os motivos deles."

Shemer disse, no entanto, que espera que Israel não tome represálias.

"Não devemos fazer isso. A vingança é um impulso muito humano, mas é inútil", disse
ele.

Multidões reunidas na praça dos reféns em Tel Aviv carregam um grande recorte do falecido Oded Lifshitz, horas após o grupo palestino Hamas entregar os corpos de quatro reféns, incluindo Lifshitz, da Faixa de Gaza em 20 de fevereiro de 2025. Um minuto de silêncio ocorreu no início de uma manifestação em solidariedade às famílias dos reféns mortos, que o Hamas diz incluir três membros da família Bibas, que se tornaram símbolos da crise de reféns que tomou conta de Israel desde o início da guerra de Gaza. (Foto de Jack GUEZ / AFP).

O Hamas insiste que todos os três membros da família Bibas foram mortos em um ataque provocado pelo exército israelense logo após o início da guerra, em outubro de 2023. 

Israel rejeitou a acusação alegando que a afirmação é descabida e mentirosa e disse ainda, que na sexta-feira, os dois meninos haviam sido "assassinados" no cativeiro em Gaza.

#Com informações da Agência de Notícias/Agence France-Presse




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.