Tragédias como o rompimento das barragens de rejeitos de mineração em Mariana e Brumadinho podem ser evitados? Esta e outras perguntas serão levantadas na próxima segunda-feira, dia 24, das 9h30 às 11h, na 3ª oficina sobre a Taxonomia Sustentável Brasileira com o tema “Mineração: Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas”.  O objetivo é discutir a necessidade urgente de adequar o setor de mineração à nova realidade climática, prevenindo tragédias e reduzindo os impactos socioambientais. 

O debate sobre taxonomia sustentável visa contribuir com o processo de consultas públicas sobre o tema que o governo federal está realizando. O webinar sobre mineração acontece no formato online e reunirá os seguintes especialistas: Júlio Grillo, do Fórum Permanente do São Francisco; o professor Bruno Milanez (UFJF), do Núcleo POEMAS (Política, Economia, Mineração, Meio Ambiente e Sociedade); a Gerente de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Cláudia Franco, Gabriela Sarmet, do Observatório da Mineração, e o deputado federal Zé Silva, líder da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável.

O debate abordará as contribuições da SIS para a consulta pública da Taxonomia Sustentável Brasileira. - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O rompimento das barragens de mineração ocorridos em Mariana e Brumadinho, só para citar dois exemplos, evidenciam a fragilidade estrutural dessas barragens. Com o aumento do volume de chuvas e tendo em vista que essas barragens foram dimensionadas para suportar um determinado volume pluviométrico que ficou no passado, o risco de desastres ambientais de proporções ainda maiores só aumenta. 

O debate também abordará as contribuições da SIS para a consulta pública da Taxonomia Sustentável Brasileira, destacadas no Policy Brief “Contribuições da SIS para a consulta pública da Taxonomia Sustentável Brasileira”, que será lançado no dia 17 de março. Entre os pontos levantados, está a exclusão da menção à mineração de alumínio e de ferro da Taxonomia e a inclusão de atividades de adaptação e mitigação dos impactos da mineração, que garantam estruturas mais seguras diante das mudanças climáticas e consequências menos danosas à biodiversidade terrestre e hídrica, incluindo remediação da contaminação de solos e cursos d'água, bem como a adoção de tecnologias para reduzir emissões de gases de efeito estufa, além de técnicas adequadas para destinação de rejeitos, como o depósito em cavas exauridas e a utilização na construção civil.

As inscrições para a oficina podem ser feitas pelo e-mail: eventos@sis.org.br até domingo, dia 23.